Two roads

16 dezembro 2005

Hooray!

“[...] Segunda-feira, dia 26, agentes do Estado e funcionários públicos não trabalham. Para tornar a coisa mais politicamente correcta digamos que há tolerância de ponto.

Se o período que vivemos é de tolerância, o Governo é pela tolerância, a campanha eleitoral está a correr na maior tolerância, o candidato apoiado pelo PS faz há anos da tolerância uma bandeira, o Natal é tolerância. Porque não haviam os funcionários públicos de ter tolerância? [...]”

Não sou propriamente do “contra” e até me irrita profundamente essa postura, mas… havia necessidade disto? Obviamente não é um dia de trabalho que vai resolver os nossos problemas de produtividade, ou lançar-nos na retoma que sistematicamente todos os ministros das finanças prevêem para o “ano seguinte”.

Não. O problema é mesmo a postura laxista que se transmite para a sociedade.

Tolerância no dia seguinte?! Mas para quê? Será para curar os exageros gastronómicos da véspera? Ou para descansar da trabalheira de montar os brinquedos da pequenada?

É que não vislumbro qualquer outra justificação para tamanha benesse do nosso “primeiro”.

”[…] A época é de cortes. Sendo assim, o facto de 750 mil funcionários públicos não irem trabalhar vai fazer-se sentir no esforço de poupança com telefones, combustíveis, horas extraordinárias e até no papel higiénico.

Sócrates esteve bem. Deu um conforto aos concidadãos. A prenda que o forreta Cavaco não soube dar. [...]”, in Expresso.

Ah, então está bem! ;)