Two roads

30 dezembro 2005

Fócrates



Sócrates nos Alpes Suiços

"José Sócrates sofreu ontem, na Suíça, um pequeno acidente de esqui, que causou um estiramento num joelho. O primeiro-ministro, que se encontra a gozar, na companhia dos filhos, um curto período de quatro dias de férias na estância alpina que habitualmente escolhe para praticar esqui, caiu mal, após um salto. Embora as sequelas não tenham sido especialmente graves, o acidente estragou as férias do chefe do Governo.", in Jornal de Notícias.

O nosso "primeiro" devia optar pelo produto nacional, aventurando-se nas "pretas vertiginosas" da Serra da Estrela, onde não só faria um brilharete, como as delícias das moçoilas da terra.

28 dezembro 2005

A pseudo-gaff de Cavaco

Penso que toda esta questão em torno da pseudo-gaff de Cavaco - ao sugerir a criação de uma secretaria de estado para se ocupar das empresas estrangeiras estratégicas em Portugal - se resume ao tipo de presidência que cada um de nós pretende.

Eu prefiro ter um presidente activo, dinâmico e que possua um real entrosamento com o governo, nomeadamente com as principais linhas orientadoras da sua política, do que o clássico presidente passivo, conciliador e ausente, de quem nos lembramos quando veta uma lei e que só aparece nos momentos de crise, para puxar as orelhas ao governo ou, pior, para o demitir.

Quanto a este caso concreto - da criação da secretaria de estado - parece-me que o presidente tem toda a legitimidade para o  sugerir/debater o assunto com o governo, por exemplo no âmbito dos seus contactos regulares.

Cavaco caiu na armadilha: face à acusação de não ter ideias, foi longe demais e acabou por lançar na praça pública um tema que teria oportunidade de discutir mais tarde, em sede própria.

Ainda assim, este tema enquadra-se na clássica politiquice barata e inconsequente.

25 dezembro 2005

O Porto... a bater no fundo

Rua de Santa Catarina

Rua 31 de Janeiro

É devastador verificar a situação de abandono a que está remetida a baixa do Porto.

Uma baixa que já não cativa ninguém: lojas que buscam o preço mais baixo, sem preocupação quanto à qualidade ou diferenciação. Já não há público-alvo, o objectivo é ter público, qualquer que ele seja.

A frequência de pessoas é escassa e não propriamente com o melhor aspecto.

É urgente revitalizar a baixa e para isso é imperioso trazer-lhe população residente, vida, estudantes. Também aqui temos que olhar para os nossos vizinhos espanhóis e perceber quais os trunfos da vivência urbana que conseguem ter nas suas cidades.

Best blogs of 2005

The very best blogs of 2005, no Anjos e Demónios.

Não perder o melhor blog na área sectorial de fotografia, relativamente ao qual recomendo a consulta via flickr.

Oh! Oh! Oh! Have no fear, Santa's here!

20 dezembro 2005

Presidenciais - ponto de situação

A sondagem de hoje do Diário de Notícias apresenta:
Cavaco Silva - 57.9%
Manuel Alegre - 16.2%
Mário Soares - 14.8%
Francisco Louçã - 5.8%
Jerónimo de Sousa - 5.3%

Ou seja, vitória logo na 1ª volta para Cavaco
, que a serem "reais" estes valores, parte para a campanha com uma vantagem considerável.

Curioso Alegre aparecer "novamente" à frente de Soares. Parece que os vaticínios "certeiros" do Jorge Coelho se limitavam à Eurosondagens ;) Enfim, diga-se a bem da verdade, que nesta luta Soares-Alegre estamos muito em cima das margens de erro das sondagens, pelo que me parece pouco relevante discutir com base no resultado das mesmas quem vai à frente ou mesmo qual a tendência de qualquer das candidaturas.

É importante referir que Soares este muitíssimo bem no debate de hoje com Cavaco Silva, pelo que acredito que possa ter ganho uns pontos. A ver vamos...

As magnânimes pontes do Porto

Ponte de D.Maria Pia (construção)

Ponte de S.João (construção)


Ponte da Arrábida (colocação do cimbre para execução do arco, em cima,
e estado final, em baixo)

Da autoria de Théophile Seyrig (a primeira) e Edgar Cardoso (as restantes),
todas estas pontes são obras notáveis de engenharia.
Qualquer destas constituiu, na sua tipologia, recorde mundial de vão
quando da sua construção.

Barcos na ribeira

foto por M.Pinto

Memórias do Estádio das Antas

Ai, os bons velhos tempos! :)


O pesadelo de qualquer portista (eu não, esclareça-se).
Consta que os operários eram benfiquistas
... para aumentar a produtividade! ;)

18 dezembro 2005

A sina

17 dezembro 2005

Centro Materno-Infantil do Norte

“Provavelmente não haverá na cidade um projecto tão reclamado e sucessivamente adiado como o Centro Materno-Infantil do Norte (CMIN). Foi em 1977 que nasceu a ideia de construir um hospital para os cuidados da mulher e da criança para substituir o Maria Pia. Quase 30 anos depois, o Governo parece querer colocar um ponto final numa história com dezenas de avanços e recuos.

Já no início dos anos 90 foi criado um grupo de trabalho para estudar o perfil do CMIN, englobando o Maria Pia e a Maternidade Júlio Dinis.O arranque do projecto chegou a ser anunciado para 1993, mas mais estudos voltaram a adiar a sua execução. Quatro anos depois, um estudo prévio do Ministério da Saúde anunciava que o CMIN era para ficar nos terrenos do Bairro Parceria e Antunes, junto à maternidade. A Câmara do Porto assumiu os realojamentos e as demolições em Parceria e Antunes começam em 2002. Pouco depois, Luís Filipe Pereira, ex-ministro da Saúde , anunciava a construção do Materno-Infantil junto ao Hospital de S. João.

Novo Governo, nova alteração. Correia de Campos assumiu a pasta da Saúde e abandonou a ideia do seu antecessor, rejeitando a construção do CMIN junto ao "S. João". Em Abril deste ano, pediu soluções alternativas à Administração Regional de Saúde do Norte. O relatório acabou por concluir que não se justifica a construção de um Centro Materno-Infantil, dada a diminuição de partos na região. O trabalho indicava, contudo, a necessidade de construir um hospital pediátrico de raiz. A decisão de o colocar junto à Maternidade Júlio Dinis, anunciada ontem, recupera parte da ideia original, com metade dos recursos.”, in Jornal de Notícias.

Será que finalmente podemos dizer que a novela acabou? Já teve claramente episódios a mais.

Aliás este é um perfeito exemplo de desperdício de dinheiro e de recursos.

Nós simplesmente não podemos viver de hesitações deste tipo, de avanços e recuos. A famigerada mania de “não decidir” ou de o fazer contra a posição político-partidária anterior, não pode ser uma opção.

Hoje em dia, a velocidade da evolução da economia, da tecnologia, da sociedade em geral, não se adequa com este tipo de atitude.

É preciso estudar, ponderar, fundamentar e… decidir! Depois, não menos importante, é preciso respeitar as opções tomadas, mesmo que sejam de outros. Só assim é possível avançar.

Tortura, nós?

“[…] 11 supostos terroristas da al-Qaeda foram mantidos na Europa até ao mês passado, altura em que teriam sido transferidos para o norte da África. […] Entre os métodos usados nos interrogatórios, estavam a privação do sono e ameaças de afogamento, práticas que Washington não considera tortura.”, in Jornal de Notícias.

Finalmente percebemos que Condoleeza Rice fala verdade quando diz que os Estados Unidos não torturam os prisioneiros ilegais: é tudo uma questão de definição!

Desistentes procuram-se

“No Partido Socialista, a ilusão sobre as capacidades competitivas de um dinossauro político como Mário Soares na actual corrida à Presidência da República já começou a ser substituída pelo discurso do desespero. Jorge Coelho, que não costuma dar um ponto sem nó, nem disperdiçar oportunidades para fazer o papel de criador de factos políticos, deu o pontapé de saída. O apelo que protagonizou para que os candidatos que disputam os favores dos eleitores de esquerda desistam, criando a oportunidade para que o ex-Presidente regresse ao cargo que ocupou durante dez anos, é revelador da súbita tomada de consciência sobre o beco para que o PS se atirou ao lançar-se nos braços de Soares em busca de uma tábua de salvação, numa refrega que se revelava difícil desde o início. [...]

Nada poderia ser mais fragilizador, nesta altura, do que o PS dar sinais de que, afinal, Soares, apesar de todo o peso histórico que arrasta, tem escassas possibilidades de bater Cavaco, caso não consiga convencer os seus adversários a retirarem-se da contenda. Como num negócio, o pior que se pode fazer nas circunstâncias políticas em que o PS voluntariamente se atolou em parceria com Soares, está em dizer claramente aquilo de que se está dependente para alcançar determinado objectivo. Se os factores decisivos estão nas mãos de outrem e o facto é publicamente confessado, o melhor que se pode almejar é ficar enredado numa posição negocial frágil. [...]", in Público.

A posição do PS nestas eleições é sem dúvida desconfortável, face ao posicionamento secundário que a candidatura que apoiou - de Soares - teima em manter, isto a julgar pelos resultados de "quase todas" (e mais não digo) as sondagens.

Nesta conjuntura difícil não se olha a meios para atingir os fins, pelo que o apelo do PS à desistência dos seus congéneres de esquerda aparece naturalmente, apesar de, termos que convir que estes jogos de interesse são de todo dispensáveis e ferem os mais básicos conceitos da democracia representativa.

Em todo o caso, acho altamente discutível o suposto interesse da desistência generalizada dos candidatos de esquerda e consequente convergência em torno da candidatura de Soares. Isto porque os votos daquelas diversas candidaturas serão necessariamente superiores aos que resultariam de uma candidatura única de um qualquer candidato de esquerda, sendo assim mais profícua a primeira hipótese na tentativa de evitar a vitória de Cavaco logo na primeira volta.

A única vantagem que vejo nessa eventual convergência seria um hipotético efeito mobilizador, com uma "nova dinâmica" que se poderia criar, ainda assim, de resultados mais dúbios do que o bem mais tangível referido previamente.

16 dezembro 2005

Hooray!

“[...] Segunda-feira, dia 26, agentes do Estado e funcionários públicos não trabalham. Para tornar a coisa mais politicamente correcta digamos que há tolerância de ponto.

Se o período que vivemos é de tolerância, o Governo é pela tolerância, a campanha eleitoral está a correr na maior tolerância, o candidato apoiado pelo PS faz há anos da tolerância uma bandeira, o Natal é tolerância. Porque não haviam os funcionários públicos de ter tolerância? [...]”

Não sou propriamente do “contra” e até me irrita profundamente essa postura, mas… havia necessidade disto? Obviamente não é um dia de trabalho que vai resolver os nossos problemas de produtividade, ou lançar-nos na retoma que sistematicamente todos os ministros das finanças prevêem para o “ano seguinte”.

Não. O problema é mesmo a postura laxista que se transmite para a sociedade.

Tolerância no dia seguinte?! Mas para quê? Será para curar os exageros gastronómicos da véspera? Ou para descansar da trabalheira de montar os brinquedos da pequenada?

É que não vislumbro qualquer outra justificação para tamanha benesse do nosso “primeiro”.

”[…] A época é de cortes. Sendo assim, o facto de 750 mil funcionários públicos não irem trabalhar vai fazer-se sentir no esforço de poupança com telefones, combustíveis, horas extraordinárias e até no papel higiénico.

Sócrates esteve bem. Deu um conforto aos concidadãos. A prenda que o forreta Cavaco não soube dar. [...]”, in Expresso.

Ah, então está bem! ;)

14 dezembro 2005

Presidenciais, telenovelas e vida

13 dezembro 2005

Torre Agbar, Barcelona


Torre Agbar, Barcelona
Jean Nouvel, arq.

fotos por Ignácio Claramonte
c/ Sony 'super-cojonuda' DSC-V1

12 dezembro 2005

Auto-modas

11 dezembro 2005

Vítor Baía abre o seu coração

"Flash interview" com o nosso herói no final do Leiria-Porto:

"- Esta semana soube-se da saída do Jorge Costa. A equipa vai sentir a sua falta?

- Pessoalmente vou sentir muito. Temos uma vida em comum."


10 dezembro 2005

Entardecer em Monção


09 dezembro 2005

Vila Nova de Cerveira


Phaeno Science Centre, Wolfsburg, Alemanha

Qual Casa da Música, aqui está um claro desafio aos projectistas de estruturas de betão armado, pela "Laureate Pritzker" Zaha Hadid.

06 dezembro 2005

Maravilhas do mergulho

03 dezembro 2005

The Dancing House


The Dancing House, Praga
Frank O. Gehry, arq.

O desvanecer das cores